Como fruto do tempo disponível nesse recesso de festividades (e também pelo hábito), fazer uma lista nos dá a chance de pensar naquilo que significa fazê-la. Nada de muita profundidade filosófica ou contra-senso comum anti-natalino; simplesmente, orientações que me ajudaram a fazer as minhas listas e que me fazem entender um pouco mais as dos outros.
Antes de tudo, essa é uma lista 100% individual (mentira, ela é produto do meio onde estou e da coletividade com a qual me relaciono). Mais do que a relevância para o cinema brasileiro, destaco aqui o meu gosto pessoal. A lista, portanto, não reflete o curta-metragem nacional nos anos 2000; reflete o meu ponto de vista sobre os curtas-metragens nacionais nos anos 2000.
Acho uma forma mais produtiva das listas serem encaradas: de maneira não-séria e no espírito natalino sim, mas atentando para o que tais listinhas inofensivas podem revelar acerca do sujeito que as escreve: seu raciocínio, sua dissimulação, sua máscara, os filmes que ele não viu…
Igreja Revolucionária dos Corações Amargurados (Carlos Magno Rodrigues)
Outubro (Murilo Hauser)
Noturno (Daniel Salaroli)
Um Ramo (Marco Dutra e Juliana Rojas)
Muro (Tião)
Ocidente (Leonardo Sette)
A Psicose de Valter (Eduardo Kishimoto)
Em Nome do Pai (Júlio Maria Pessoa)
Material Bruto (Ricardo Alves Junior)
Veja e Ouça – Maria Baderna no Brasil (André Francioli)
lembranças fortes:
Vestida (Juliana Rojas), Um Sol Alaranjado (Eduardo Valente), Saltos (Gregorio Graziosi), Trópico das Cabras (Fernando Coimbra), Imprescindíveis (Carlos Magno Rodrigues).
critérios: 1- Não há classificação por posições 2- Não tive acesso a maior parte dos curtas produzidos no período, mas quem o teve? 3- praticamente não vi curtas entre 2000 e 2003.