Black Caesar foi exibido na mostra de blaxploitation do CCBB/CineSesc, é um dos filmes mais paradigmáticos do Larry COhen. Não vejo como um dos melhores, mas ainda assim é um puta filme. É seguramente o melhor filme dessa mostra. Com todo respeito ao Jack Hill, que é um cara com talento, mas seus filmes ganham uma dimensão de público um pouco exagerada. Dentro da comunidade de cinema daqui, só se falou nisso. Enquanto um maestral Cohen estava ali, sem atenção – e olha que ele fecha bem melhor com o tema. Fred Williamson como chefão, cinismo no auge nas piadas-limite de teor racial. James Brown! Uma trilha inteira. O filme dele é um grande mosaico, arquétipo de subida e descida de um jovem que desafia a lógica, tomando dos gangsters um bairro. Cohen trabalha o tempo num nivel especial – estamos numa elipse frenética, anos se passa num corte, mas a dimensão da mudança é puramnete moral/dramaturgica. Sem obviedades e facilidades tipicas do cinema mais recente. Sem cartelas, sem avisos. Só cortes. O filme corre, como a vida do protagonista, rápida e exagerada, sempre no limite, até sua queda, ao estilo Cohen. O Hell Up in Harlem não passou, assim como muitos outros filmes legais do movimento. O próprio COhen fez uma homenagem em 1996, um filme bem legal. O Hell Up é continuação, que tem uma história genial: ao saber do sucesso do Black Caesar, o Larry Cohen foi até os cinemas ele mesmo mandar cortar o fim, na mão, pro protagonista não morrer. Tudo a ver com o cinema marginal brasileiro, em muitos sentidos…
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Uma meia coincidencia a homenagem e o filme ser o Chefão Negro, todos referenciam um padrinho
O final do Black Caesar, pra quem já viu, é muito parecido com o do Cidade de Deus, narrativamente… Não sei se eles, Meirelles e parceiros, vira,. se sim ponto deles pela referencia